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sábado, 1 de janeiro de 2011

“Machete don’t text, Machete improvise!





Rodriguez resuscita os B movies com "Machete"

Título: "Machete"

Duração: 105 min

Género:Acção|Comédia| Crime

Realizador: Robert Rodriguez

Depois do Grindhouse“Death Proof” e “Planet Terror”-, desta vez, sem o auxílio de Quentin Tarantino, Rodriguez regressa com mais um exploitation e ressuscita os filmes de série b com Machete”. Machete coloca o “M” em exploitation. Chegamos assim aquilo a que se chama de Mexploitation, impossivél sem o elemento masculino mexicano, Danny Trejo.

machete-poster.jpg











A ideia para o filme surgiu de um fake trailer, um dos muitos criados a par do Grindhouse, que foi visto por Rodriguez como uma excelente ideia de pôr Danny Trejo a fazer, finalmente, um papel principal. O mexicano é um dos mais conhecidos em papéis secundários de pouca profundidade, mas na obra de Rodriguez ele alcança, muito bem, o papel do herói imbatível, não há tiro nem mulher que o pare!

A personagem de Danny Trejo (Machete Cortez) tem um papel fundamental para o mote central da película. O realizador conseguiu incorporar uma mensagem bastante real no filme – a de que nos EUA a imigração é vista como um grande problema e os estrangeiros são maltratados. Apesar do típico escárnio patente neste modelo de películas, o filme consegue ser um verdadeiro mash up de acção, comédia e até um pouco de drama levado ao exagero. Todo o filme é uma hipérbole do inicio ao fim. Assistimos à reunião de alguns dos actores mais badalados nos filmes de acção. Steven Seagal é o exemplo mais flagrante, pois o público, até este filme, estava habituado a o ver como o herói, aquele que fazia justiça e no fim triunfava sempre. Todavia, em “Machete”, a sua personagem é completamente o oposto; admito que esse foi um dos motivos que me levou a querer ver o filme. Robert De Niro é outro que tem um papel pequeno, mas bastante bom, o que é uma pena porque desde os blockbuters “Meet the Fockers” que este não faz nada de jeito.

Michelle Rodriguez que, mais uma vez, tal como em “Lost”, mostra que consegue fazer papeis duros sem grandes problemas. Jessica Alba e Lindsay Lohan são também algumas das mulheres que dão o ar de suas graças neste filme. No entanto, apesar das críticas positivas que foram tecidas pelo cast a Lindsay, pessoalmente, achei que o registo interpretado pela mesma no filme não foi diferente dos que tem nos seus habituais blockbusters. Achei que a única coisa que conseguiu interpretar bem foi o momento em que se estava a drogar, sabe-se lá porquê não é?!... Infelizmente, penso que a sua presença era dispensável.

Os momentos propositados de falhas são também bem divertidos. Muito característicos dos filmes de série B, estes são realizados de forma reflectida e não descuidada e aleatória. Há uma linha de pensamento ao longo do filme. Além de um argumento muito jocoso. “Machete don’t text, Manchete improvise”, é um dos exemplos.

“Machete” surpreendeu-me pela positiva. Estava à espera de uma cópia “carrascona” dos trabalhos de Tarantino, como Rodriguez, a meu ver, tentou fazer já algumas vezes. Contudo, penso que foi com este filme que conseguiu enfim alcançar o seu registo. Adoptou uma forma de aliar o argumento a um visual de qualidade, com um pouco gore à mistura e cenas disparatadas. Vemos assim um abuso da estética setecentista, dos clichés dos filmes de série b, da superviolência, acção e sangue, muito sangue…passeando, finalmente, pelo mundo trash.

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2 comentários:

David Martins disse...

Subscrevo totalmente! A Lohan está claramente a mais! Gostava de ter visto mais as sobrinhas do Rodrigues ;-) (desculpa lá este momento de machismo eheh)

2 de janeiro de 2011 às 01:16
Unknown disse...

Não tinha visto, este coment...acho que está a receber automaticamente, o blog porque é independente do da página da home :S

Mas obrigada por subscreveres! :p...não faz mal, David, não foste nada maxista lol ,estás a fazer jus à mexploitation!:p

8 de janeiro de 2011 às 21:40

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