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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fame ou 'Lame'?


Uma ida ao cinema para ver um bom musical ,no século XXI, parece ser algo impossível. Depois de ‘High School Musical’, ‘Mama Mia’ e ‘Hanna Montana - The Movie’, segue-se ‘Fame’. Além de ser um remake, ou versão adaptada, do famoso filme de 1980, este deixa esquecido, nos anos que os separam, o argumento. Não há história, não há enredo e não existe relação entre as personagens. Apesar da excelente produção técnica, o filme não é nada mais do que isso. Os cenários, palcos, músicas e performances ocupam, por inteiro, os 107 minutos de filme. Mas, apesar de ser um musical, existem falhas. Uma das cenas apontadas, como uma das mais críticas, para os mais leigos na área da música, não se revela à primeira vista. Contudo, para os mais entendidos, na cena em que Marco toca piano no restaurante dos pais, seria necessário que este usasse o pedal, para conseguir aquele som; contudo, quando a câmara foca os seus pés, vemos que isso não acontece. Não foi só impressão do meu amigo que tem conhecimentos nesse campo, pois o IMDB também apresenta essa cena como uma falha. O inicio do filme até parece interessante. Mas, passado meia hora do seu começo, a história não se desenvolve. Aquilo que sabíamos das personagens no inicio do filme é o mesmo que sabemos meia hora ou uma hora depois. Não há explicação para o facto de algumas personagens acharem que não podem falhar; não há resposta para o facto de Malik se odiar a si mesmo e aos que o rodeiam; não há resposta para o facto de Jenny, uma das personagens femininas, não ter jeito para nada e, mesmo assim, ter entrado na escola. Ou um exemplo um pouco mais ridículo, o de Joy que decide abandonar a escola de Artes para continuar a trabalhar na Rua Sésamo. São múltiplas as pontas soltas. O cast é excessivamente extenso. Os actores principais confundem-se com os actores secundários, ou simplesmente desaparecem ao longo da história. O meu conselho a Kevin Tancharoen seria que ficasse pelo mundo da música; que não repetisse a façanha de ‘pseudo-cineasta’. Os aspectos que englobam coreografias e todo o semblante do espectáculo estão, verdadeiramente, impressionantes. Porém, não nos podemos esquecer que ‘Fame’ é um filme e não um musical da Broadway, e, por isso, acaba por falhar completamente como metragem. Com Naturi Naughton, Kay Panabaker, Anna Maria Perez de Tagle, Kelsey Grammer, entre outros, ‘Fame’ não conseguiu alcançar a genialidade da sua película antecessora dos anos 80 que vive, ainda, na memória dos nosso pais e avós.

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