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Inimigos Públicos é o título de um dos filmes mais aguardados deste verão. E é também o nome do filme que vi este fim-de-semana.
'Public Inemies' não supreendeu tanto como esperava. Apesar de achar que Johnny Depp teve uma excelente interpretação, assim como Christian Bale (que o podemos recordar do 'Batmans' e do 'American Psicho'), o argumento do filme estava demasiado supreficial. Embora, seja um filme 'biográfico' ou baseado em factos reais, ao contrário de outros de Depp(como Ed Wood e Donnie Brasco, igualmente biográficos), penso que poderia ter sido feito um melhor trabalho. O realizador poderia ter desenvolvido mais o lado psicológico das personagens e ,mesmo, ter dado mais relevância à própria época, a época da Grande Depressão de 1929!Esse detalhe é um pouco deixado de parte, são poucas as referências directas à altura; mas, no entanto, deve se salientar que os cenários de época estão muito semelhantes aos da altura, assim como pormenores desde cartazes aos penteados das personagens.
Até o próprio romance entre a personagem de John e Billie é bastante 'precipitado', a história guarda pouco espaço para o desenrolar do mesmo, fazendo-se em 1/8 do filme ,e ficando os restantes 7/8 confinados aos tiros entre os bandidos de bancos, cujo 'líder' é John Dillinger, e os polícias.
Michael Mann leva assim às telas de cinema um filme cujo género está entre o policial e acção; juntando um leve toque dos filmes de 'gangsters' ou de 'mafia'.
É curioso, portanto, constatar o fascínio que figuras fora-da-lei provocam no público, ou seja em nós. E como a vida e 'ocupação' de um dos bandidos mais populares, nos EUA, na décade de 20/30 termina,quase 70 anos depois, num filme.
Em termos mais particulares, relativamente à prestação das personagens, como já foi referido, Johnny Depp esteve mais uma vez bastante bem e cumpriu a sua parte. Deu vida assim a um 'thief' um bocado ao estílo de Robin dos Bosques, que na altura da crise de 29, roubava aos ricos e devolvia aos pobres... Outro aspecto que não é bem evidenciado no filme.
Apesar de poder ser um pouco repetitiva, acho que é perciso frisar de um modo mais promenorizado o admirável trabalho que foi empreendido na parte técnica da metragem.
O trabalho técnico é feito quase como uma arte; é quase impecável ao pôr na tela os carros, as indumentárias,as ruas e pessoas típicas da época, um aspecto que mostra ser imprescindível para a compreensão total da obra. O esforço técnico é bem visível nos pequenos detalhes, como nos cabos de escuta telefônica,chapéus, rádios e especialmente na estrutura física de investigação. Neste sentido, estes traços também ajudam a que o casamento perfeito exista entre a técnica e interpretação.
O filme poderia ser um fracasso, percisamente se este 'casamento' não existisse.E ,com isto, quero dizer que o cast tem uma boa prestação; sabem interagir de modo a recriar as peripécias que a história nos apresenta.
Johnny Depp faz de Dillinger e, ao contrário da maioria dos actores, não percisa de uma performance de movimentos para transmitir as suas emoções, Johnny apenas veste a pele do assaltante de bancos...E anda entre o sensível e excessivo, obececado pelo 'carpe diem'. E Bale não lhe fica atrás, interpreta Melvin Purvis muito bem; Os dois papeís fazem lembrar o filme "Apanha-e se puderes", mas passado no fim dos anos 20.
Contudo,as excessivas cenas de tiros são um ponto negativos para Mann. O barulho exaustivo não deixa perceber a interacção durante esses momentos; é anulada pelo aparato dos sons explosivos...E os diálogos das personagens são pouco originais, usam-se muitas frases feitas.Todavia há que realçar que , ao contrário dos ultimos filmes que tnho visto, os angulos, dos quais se filmaram as cenas de tiros, deram um ar mais realista as mesmas.
Mas, felizmente,o realizador tem algumas cenas que fazem com que o filme valha a pena como: o suspense quando Dillinger conduz um carro nas ruas da cidade e passa em frente aos policias, outro suspense (irônico, diga-se de passagem) quando o próprio vai em carne e osso à delegacia e não é reconhecido, e a cena final, uma obra prima técnica e um roteiro arrasador ao colocar Depp dividindo a tela com Clark Gable numa imagem 'virtual' e perfeita para o desfecho do filme.

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